As negociações políticas para as próximas eleições estão evoluindo a passos largos conforme o ano de 2022 vai se aproximando. Partidos seguem em busca de nomes que podem fortalecer as legendas, tanto para majoritárias quanto para proporcionais.

Em Blumenau, alguns nomes vem sendo sondados por partidos que querem se reerguer no pleito do ano que vem. Um exemplo é o PTB de Roberto Jefferson – que é muito próximo ao presidente Jair Bolsonaro – e que em Santa Catarina está sendo liderado pelo deputado estadual Kennedy Nunes.

Nas últimas semanas Kennedy conversou com o vereador Marcos da Rosa (DEM), convidando o blumenauense para uma possível candidatura à Alesc. Marcos é atualmente o nome mais “conservador e bolsonarista” da Câmara de Blumenau, o que explica o interesse PTBista.

Além do mais, ele tem a força da igreja Assembleia de Deus e já foi três vezes eleito vereador em Blumenau, sendo duas vezes – 2012 e 2016 – o mais votado. Em 2018 ele foi candidato a deputado federal, recebeu 22.151 votos, mas não foi eleito.

Marcos está no DEM desde que adentrou a política. Porém, na semana passada, a coluna adiantou que a relação dele com o partido está em cordas bambas, devido aos posicionamentos nacionais e a possível fusão ao PSL.

Cabe destacar que Marcos já foi presidente do DEM em Blumenau e hoje é vice. Mas, as conjecturas para o ano que vem colocam João Paulo Kleinubing como candidato a deputado estadual e Ricardo Alba a federal pela sigla. Nesse cenário, Marcos ficaria de fora.

Conversei com o vereador blumenauense que confirmou o interesse do PTB e até de outros partidos. Disse que ainda é cedo e que está avaliando as possibilidades, já que pretende sair candidato.

“Pretendo ir a estadual, mas se tiver um caminho viável para federal, por que não?”, afirmou à coluna.

Bolsonarismo

Em 2018 o PTB em Santa Catarina não elegeu nenhum deputado para a Alesc e Congresso Federal. Foram 15.912 votos no total para estadual e 11.593 para federal.

Porém, com o crescimento da relação entre Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro – tendo a possibilidade de Bolsonaro filiar-se ao PTB – o cenário foi se alterando. A confirmação do “renascimento” se deu com a oficialização da chegada do deputado e pré-candidato ao Senado Kennedy Nunes, que vai andar ao lado de Jorginho Mello (PL) nas próximas eleições – situação que pode ter alterações caso Luciano Hang concorra ao Senado.

Além disso, o PTB vive a expectativa das filiações dos deputados estaduais Jessé Lopes, Ana Campagnolo e Felipe Estevão – todos do PSL, eleitos pela onda Bolsonaro em 2018.

Para Marcos, que associa cada vez mais o nome ao do Presidente da República, seria o caminho mais “sensato”. Entretanto, pode esbarrar nas dificuldades de se eleger, já que Jessé e Campagnolo querem reeleição na Alesc – Estevão deve disputar para federal.

Num melhor cenário para Marcos, o partido precisaria eleger mais de dois nomes e ele ser o terceiro mais votado. Situação complicada e que o vereador blumenauense precisa avaliar.


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