Após pressão, prefeitura de Blumenau volta atrás sobre fechamento do Centro Pop

Defensoria Pública, Movimento Nacional da População de Rua e Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário se reuniram com secretário

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semudes) comprometeu-se a manter aberto o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua, conhecido como Centro Pop. O endereço do centro deve mudar, mas ele não será extinto.

Na semana passada, a prefeitura havia afirmado que as atividades no bairro Itoupava Seca seriam encerradas até o fim de julho. Os serviços a pessoas em situação de rua seriam descentralizados e elas teriam de se submeter a regras para ter acesso a alimentação. O Centro Pop também oferece assistência social e atendimento psicológico.

A decisão foi revertida após reunião com representantes do Movimento Nacional da População de Rua em Santa Catarina (MNPR-SC), da Defensoria Pública e do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário.

Eles foram até à sede da Semudes nesta terça-feira, 17, para pedir a manutenção do Centro Pop de Blumenau. A reportagem de O Município Blumenau acompanhou o encontro.

Ex-morador de rua, José Eduardo de Oliveira, do MNPR, afirmou que, às vezes, os administradores públicos não conseguem ter dimensão da importância do atendimento prestado pelo Centro Pop:

“A gente não vive na rua, a gente vegeta. Ali é outra realidade. É fácil reestruturar o Centro com a ajuda de pessoas que têm casa”, criticou.

Depois de ouvir as ponderações, o secretário de Desenvolvimento Social, Oscar Grotmann Filho, disse que explicará ao Conselho de Assistência Social como a instituição lidará com a mudança. Segundo ele, a necessidade de deixar o atual endereço tem relação com economia. A prefeitura gasta cerca de R$ 4,5 mil por mês com o aluguel da casa, que fica na rua São Paulo, bairro Itoupava Seca.

“Vamos achar um local e fazer uma transição gradativa”, afirmou.

Prefeitura de Blumenau/Divulgação

Além da reivindicação de que o Centro Pop não seja extinto, os representantes pediram a criação de um Comitê de Monitoramento, formado por representantes municipais e da sociedade civil.

Assim, as decisões relacionadas às pessoas em situação de rua teriam de passar por discussão prévia. Um seminário para formação do grupo está marcado para o dia 18 de setembro.

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