Implodiu
Na última terça-feira, 18, à noite, no apagar das luzes, o diretório estadual do PDT lançou uma nota dando 24 horas para a deputada Paulinha desistir da função de líder do governo Moisés na Assembleia Legislativa do Estado.
O prazo vence logo mais à noite, e a deputada Ana Paula da Silva já emitiu nota dizendo que não retrocede na sua decisão. Vai enfrentar a resistência pedetista. Manoel Dias, presidente da sigla, fincou o pé na oposição e diz não apoiar o governo de Carlos Moisés (PSL).
Tanto Maneca Dias como o deputado estadual Rodrigo Minotto, que foi chefe de gabinete de Dias quando ele era Ministro do governo Lula, não engoliram a insubordinação da deputada em decidir sozinha o que deveria ter sido decidido conjuntamente com a cúpula.
O que pegou, na verdade, é que o governador Moisés não deu nada em troca para o partido. Somente Paulinha ficou com as portas abertas junto ao governo estadual de Santa Catarina, tirando de Manoel Dias o controle das ações da sigla.
A direção do PDT diz que, se a deputada continuar com a ideia de ser líder do governo, vão instaurar um Exame de Conduta pela infidelidade partidária e pode até ocorrer a expulsão da deputada. Talvez seja isso que Paulinha queira, pois só assim poderá ingressar definitivamente no PSL de Carlos Moisés.
Isso já aconteceu no diretório do PDT em Blumenau. Duas chapas brigavam para ter o comando do partido, sendo que de um lado tinha o atual deputado Ivan Naatz (PL) e do outro Roberto da Luz e Benjamin Coelho. Naatz, na época, acabou indo para o PV e a direção nacional destituiu todo mundo e até hoje o partido está sem presidente municipal.
Em Blumenau, o PDT está à deriva.